TEMA DE HOJE:
Avaliação da Gastrite pelo SISTEMA OLGA, que visa detectar as pessoas com atrofia da mucosa gástrica, as quais apresentam risco aumentado de desenvolver câncer gástrico no futuro; no Sistema Olga o risco mínimo = 0 e o risco máximo=IV; as pessoas com Est. III e IV do Sist. Olga devem realizar endoscopia digestiva alta com biópsias dirigidas a cada 3 anos, e o médico patologista avalia o Escore de Atrofia pelo Sistema Olga!
Importância: nos EUA ocorrerão 22.510 casos de câncer gástrico no ano de 2019 com 11.480 mortes pela doença, e o risco para a população geral de ter a doença é de 1/95 nos homens e 1/154 nas mulheres.
O tema é muito atual em medicina pois trata da prevenção secundária, de doenças potencialmente graves, e que não são raras. A atrofia da mucosa gástrica é alteração crônica das células e tecidos, vista e quantificada na biópsia (por patologista especializado), e representa fator de risco para o câncer gástrico, ao lado dos outros fatores de risco conhecidos (infecção pelo H. pylori, excesso de sal na dieta, uso de tabaco e álcool, outras gastrites).
A única maneira correta de fazer esta avaliação inicia pela amostragem (abaixo) realizada pelo médico endoscopista digestivo.
Calcula-se os Escores de Atrofia do Antro e do Corpo e depois o ESCORE FINAL.
A avaliação não é simples, e a validade do método resulta de amostragem completa e precisa pelo endoscopista, o preparo técnico esmerado das lâminas histológicas, e a interpretação completa e conclusiva, de patologista gastro-intestinal experiente.
O laudo deve também incluir: status de H. pylori, grau de inflamação MMN e PMN, presença e tipo de metaplasia (intestinal, pilórica), presença de displasia.
Referências
Rugge M et al, publicado no Dig Liver Dis 2008:40:650-0658. Risk for gastric neoplasias in patients with chronic atrophic gastrites; Vannella L, et al World J Gastroenterol 2012: 18(12): 1279-1285. ISSN 1007-9327.

Erradicar o câncer gástrico epidêmico tem sido um sonho; Pode se tornar realidade.